Realidade.

Encontram-se casualmente
Numa troca de olhares
Em meio à multidão.
Perdidos que estavam
Caminhando sem rumo
E sem percepção.
Deram-se as mãos e sorriram
Compartilhando sutilmente
Sonhos e ilusões.
O sonho de tão esperado encontro
Em expectativas e desejos
Carícias e beijos
Tornando-se realidade.
Identificação e cumplicidade
Fluíam naturalmente
Seriam o que já eram
Impossível que fosse diferente...
Completamente saciados
Jazem no gramado abraçados
Observando as estrelas.
A conspiração universal
E o silêncio calando as palavras
Que são desnecessárias.
Num esforço evidente
Ele faz a pergunta pertinente:
- Quer casar comigo?
Ela sem esforço ou simulação
Dá a resposta na escuridão:
- Não.
Sorriram com tristeza
E com intensidade sem desejo
Doaram-se num último beijo.
Depois seguiram caminhos diferentes
Estranhamente conscientes
E viveram felizes para sempre.
10/06/2006
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